o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretendia anunciar na reunião do conselho político desta quinta (21), antes da confraternização no Palácio de Ondina, não só o pré-candidato da base em Salvador, mas também em Feira de Santana.
Entretanto, embora ele tenha sinalizado outra vez à imprensa que o nome na maior cidade do interior será o deputado federal Zé Neto (PT), não houve a oficialização por conta de um pedido do Solidariedade. Apesar disso, a conversa com os aliados foi tranquila e Jerônimo saiu do encontro fortalecido por ter definido o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como postulante único na capital.
O Solidariedade, presidido pelo deputado estadual Luciano Araújo, é um dos novos aliados de Jerônimo. A legenda apoiou, em 2022, a candidatura do ex-prefeito ACM Neto. Em Feira, o partido tem com principais lideranças dois suplentes de deputado estadual: Carlos Geilson e Pastor Tom, este segundo, colocado como pré-candidato a prefeito. Nenhum dos dois foi procurado por Zé Neto para conversar, o que impediu o anúncio.
Procurado hoje (22) pelo site, Luciano Araújo confirmou a informação. “De fato o governador perguntou ao conselho se poderia anunciar Feira, mas pedimos que isso fosse feito depois que o Solidariedade conversasse com Zé Neto. Jerônimo, que tem sido um líder atencioso com os aliados, concordou. Não poderíamos referendar o anúncio sem essa conversa”, afirmou. Antes da reunião, Zé Neto obteve esta semana o apoio do MDB e tem mantido conversas até com o PDT, sigla que faz parte da oposição ao governo.
Vale frisar que na reunião do domingo passado do conselho político, também no Palácio de Ondina, o governador só não anunciou a pré-candidatura de Geraldo Júnior porque PT, PCdoB e PSB pediram um tempo para dialogar internamente com as lideranças e postulantes das três legendas. Ou seja, Jerônimo demonstrou que o tratamento será o mesmo seja para os antigos como para os novos aliados.
Segundo apurou o Política Livre, não se tratou de forma aprofundada de qualquer outro município do interior na reunião de ontem, que, além dos presidentes de partido da base, contou com as presenças do senador Jaques Wagner (PT) e dos secretários estaduais Luiz Caetano (Relações Institucionais) e Adolpho Loyola (Chefia de Gabinete). Ficou definido, no entanto, que o conselho político fará, a partir de janeiro de 2024, encontros nos maiores municípios para fortalecer as lideranças locais, encaminhar definições e fazer anúncios.
O primeiro município a receber o conselho político será Camaçari, em janeiro, onde já há consenso em torno de Caetano como pré-candidato unificado da base. No caso de Vitória da Conquista, onde PT e MDB têm pré-candidatos competitivos – o deputado federal Waldenor Pereira e a vereadora Lúcia Rocha, respectivamente -, ainda não há avanços e é possível que a unidade só ocorra em um eventual segundo turno.
Jerônimo também prometeu aos partidos que fará conversas em separado com cada um sobre o posicionamento nos municípios do interior. Esse foi, inclusive, um pleito colocado pelo presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, cuja legenda não tem gestor de mandato. O dirigente já se queixou do processo intenso de filiações de prefeitos postulantes à reeleição pelo PT, sem consulta prévia ao PV e ao PCdoB – as três siglas formam uma federação.
Fonte/PoliticaLivre
