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Escola quilombola discute consciência negra em evento aberto ao público

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Com uma programação extensa e aberta ao público, a Escola Municipal Quilombola Luiz Pereira, localizada no distrito de Maria Quitéria, explorou o dia da Consciência Negra através de ações promovidas em diversas linguagens. Até o próximo sábado, 26, a unidade escolar oferece cultura, arte, saúde e muita informação aos estudantes, funcionários e comunidade externa.

Fundada em 2022, a escola tem o currículo escolar baseado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola e trabalha a educação contextualizada com a cultura ancestral durante todo ano. Porém durante o mês de novembro e especificamente na semana da Consciência Negra, o debate em torno da história, direitos e potência do povo negro tem sido intenso e plural.

Segundo Maria Moreira, diretora da unidade escolar, a programação foi pensada para atender desde as crianças alunas das escolas até os moradores mais velhos da comunidade. “Além da exposição a apresentações preparadas pelos nossos alunos, o corpo docente preparou rodas de conversa, palestras e oficinas. Teremos, por exemplo, uma oficina de acarajé”, explicou Moreira que mencionou ainda uma oficina de forró.

Todos os espaços da escola estão preenchidos com diversas atividades participativas. Em uma das salas, os alunos montaram um baobá (árvore no dicionário afro) cronológico onde os frutos são diversas personalidades negras de Feira de Santana, como o cantor e compositor Jorge de Angélica, a sambadeira Chica do Pandeiro e a pesquisadora ativista Ivannide Santa Bárbara.

Entre os itens expostos, a estudante Evelyn Ferreira conta que o que mais chamou atenção foram os chinelos. “Descobri que foi uma invenção do povo negro”, conta.

O estudante Wallace de Jesus destacou a importância da data que marca a Consciência Negra. “Relembra o quanto os nossos antepassados foram escravizados e reforça que hoje nós podemos mostrar que somos uma geração quilombola vitoriosa”.