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Brasil defende retrospecto quase perfeito contra Venezuela nas Eliminatórias

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O Brasil dará mais um passo em busca da classificação para a Copa do Mundo de 2026. Líder das Eliminatórias com duas vitórias em dois jogos, a Seleção tentará manter o 100% de aproveitamento diante de um rival que é, tradicionalmente, uma das equipes mais fracas do continente: a Venezuela. A partida será nesta quinta-feira (12), às 21h30, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

A ‘Vinotinto’, como é conhecida, nunca se classificou para um Mundial. Sequer conseguiu vencer o Brasil em uma edição de Eliminatórias. Em 18 encontros até aqui, os canarinhos saíram vencedores em 17. O único tropeço aconteceu há 14 anos, em 2009, quando houve um empate sem gols no Estádio Morenão, em Campo Grande (MS).

O retrospecto sobre a Venezuela não é só favorável na competição classificatória. Em todos os encontros entre as seleções, a adversária só saiu vitoriosa uma vez, em um amistoso disputado em 2008. Na ocasião, os comandados de Dunga perderam por 2×0 em Boston, nos Estados Unidos. O histórico também aponta 24 triunfos brasileiros e três empates.

“A Venezuela tem nosso respeito, mas somos os favoritos com certeza. Temos responsabilidade de assumir isso e temos obrigação de ganhar o jogo por estar em casa, com uma seleção com mais qualidade. Mas do outro lado tem bons jogadores, um treinador e todo estafe. Estamos nos preparando bem e, com certeza, o Brasil é favorito”, assumiu o goleiro Ederson.

O treinador rival, aliás, é uma das esperanças venezuelanas. Desde que assumiu o comando da equipe, em março, o argentino Fernando Batista vem dando outra cara à equipe. Em seis jogos, soma quatro vitórias (sobre Arábia Saudita, Honduras e Guatemala, em amistosos, e Paraguai, pelas Eliminatórias), um empate (com Uzbequistão) e uma derrota (para a Colômbia, nas Eliminatórias).

Desta vez, a Vinotinto tem um sonho ainda maior de conquistar sua primeira vaga em Copa. Isso porque o Mundial passou por uma reformulação e receberá 48 participantes nos Estados Unidos, México e Canadá. Como consequência, o torneio classificatório, que sempre levava quatro países e encaminhava um à repescagem mundial, garantirá seis vagas diretas em 2026, ainda mantendo uma equipe na repescagem.

Assim, por mais que saiba que é o azarão – e que a briga deve ser com Bolívia, Equador, Peru e Paraguai -, a Venezuela pode encarar o Brasil mais confiante. No elenco, tem jogadores como o veterano Rondón, do River Plate, e a dupla Soteldo e Tomás Rincón, do Santos.

“Falamos um pouco sobre a Venezuela. Sabemos que o Rondón é um grande jogador, mas tem Herrera do Girona, que conheço muito bem e joga muito bem. No futebol, não há partidas fáceis. Soteldo joga no Santos e também é grande jogador. O mais importante de tudo, e com respeito à Venezuela, é o que nós temos que fazer, independentemente do adversário jogar mais defensivamente ou ofensivamente. A chave é nosso futebol. Na América do Sul não há jogos fáceis e sabemos disso”, alertou Casemiro.

Duas mudanças

Pelo lado canarinho, a expectativa é alta para o terceiro jogo da era Fernando Diniz. O técnico começou sua trajetória na Seleção deixando uma ótima impressão, com a goleada por 5×1 sobre a Bolívia. Na sequência, teve dificuldade para furar forte marcação do Peru, mas contou com gol de Marquinhos no fim para manter o 100%.

Diante da Venezuela, Diniz é obrigado a fazer duas mudanças. Titulares nos jogos de setembro, Raphinha e Renan Lodi foram cortados por lesão. O técnico não deve surpreender, e a tendência é que ele opte por Vini Jr no ataque e Guilherme Arana na lateral esquerda.

Segundo o próprio treinador, a ideia é jogar o máximo possível com o mesmo time, algo importante no cenário de pouco tempo para trabalhar. Dessa forma, não deve haver outra alteração além das mudanças por desfalques – por mais que fosse esperado o retorno de Vini, que esteve lesionado nos últimos dois jogos.

Desta forma, o Brasil deve encarar a Venezuela com: Éderson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Vini Jr, Rodrygo e Richarlison.

A Seleção lidera as Eliminatórias Sul-Americanas com os mesmos seis pontos da Argentina, mas tem vantagem no saldo: 5 a 4.