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Bahia tem segundo maior contingente do Brasil de lares sem banheiro

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Entre os Censos de 2010 e 2022, a proporção de pessoas morando em domicílios com esgotamento por rede geral ou pluvial ou fossa ligada à rede aumentou em 9 de cada 10 municípios baianos: em 368 ou 88,2% dos 417 existentes, segundo a pesquisa Características dos Domicílios do Questionário do Universo do Censo Demográfico 2022, divulgada nesta sexta-feira (23) pelo IBGE.

Os maiores avanços ocorreram em Luís Eduardo Magalhães (de 1,2% para 64,5% da população com acesso), Barreiras (de 15,3% para 75,4%) e Várzea Nova (de 4,5% para 60,4%). Por outro lado, 49 cidades tiveram redução na proporção de população em domicílios de alguma forma ligados à rede de esgoto, com os maiores recuos verificados em Itanagra (de 14,4% para 7,9%), Rodelas (de 77,5% para 71%) e Itapebi (de 5,1% para 1,7%).

Salvador também teve alta no acesso da população à rede de esgoto, de 90,4% em 2010 para 94,7% em 2022, chegando a 2,281 milhões de pessoas atendidas. O crescimento da cobertura levou o município a subir uma posição no ranking das capitais, passando do 5º para o 4º melhor indicador, atrás apenas de Vitória/ES (99,7% da população com rede de esgoto), Belo Horizonte/MG (97,0%) e Curitiba/PR (96,9%). Todas as capitais tiveram avanços entre 2010 e 2022.

Na Bahia, em 2022, os cinco municípios com maiores proporções da população em domicílios com rede de esgoto ou fossa ligada à rede eram Itapetinga (94,8%), Salvador (94,7%), Madre de Deus (92%), Itororó (86,9%) e Coaraci (86,2%). Novo Horizonte (0,1%), Bom Jesus da Serra (0,1%), Matina (0,1%), Acajutiba (0,2%) e Baianópolis (0,2%) tinham os menores.

Entre 2010 e 2022, na Bahia, a proporção de moradores em domicílios sem banheiro nem sanitário teve queda expressiva, de 8,6% para 1,3%. Mas ainda havia 182.478 pessoas vivendo nessas condições, o segundo maior contingente entre os estados, abaixo apenas do Maranhão (257.148 pessoas ou 3,8% da população).

No Brasil como um todo, essa proporção era metade da baiana (0,6% ou cerca de 1,2 milhão de pessoas). Já em Salvador, apenas 0,02% da população não tinha acesso a banheiro nem sanitário no domicílio (476 pessoas).

Esse indicador melhorou em todos os 417 municípios baianos, entre 2010 e 2022, com destaque para Nordestina (de 44,4% para 3,0% da população sem banheiro nem sanitário), Mirante (de 40,9% para 3,4%) e Anagé (de 38,9% para 3,5%).

Ainda assim era uma realidade para proporções expressivas das populações de algumas cidades, lideradas por Pilão Arcado (21,1% das pessoas sem banheiro nem sanitário no domicílio), Chorrochó (19,1%) e Pedro Alexandre (16,4%).