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Atletas autistas trilham carreiras promissoras e viajam o mundo em competições que desenvolvem capacidades

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Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o pequeno Davi Lucas, de 7 anos, encontrou no Projeto Pedal mais do que uma simples atividade física. Através do bicicross ele desenvolveu habilidades comportamentais, melhorou o rendimento na escola e aprendeu a lidar com a ansiedade. A iniciativa, promovida pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), em parceria com a Associação de Bicicross de Salvador (ABS), conta com mais de 160 crianças autistas.

Teresa Azevedo, avó de Davi Lucas, percebeu as mudanças no garoto após começar a praticar o esporte: “para Davi, bicicross não é apenas uma atividade física, é um espaço onde ele se sente acolhido e capaz. Ver seu sorriso, enquanto ele pedala, é testemunhar a transformação que essa iniciativa trouxe para sua vida. Antes de começar aqui, no projeto, ele era muito nervoso e agitado. Hoje, está mais calmo, socializa bem com os colegas e está muito feliz”.
O atleta foi o primeiro autista contemplado pelo Programa Faz Atleta, da Sudesb, e também foi beneficiado com o Bolsa Esporte e com o Programa de Apoio às Passagens do Governo do Estado. A última iniciativa viabilizou a ida não só de Igor para Abu Dhabi como, também, da sua mãe, Marleide Nogueira.

“A primeira competição dele foi em 2016, que o fez entrar para a história do esporte baiano como o primeiro atleta autista. Isso me orgulha muito e foi a partir da primeira competição nacional que a gente foi buscar o apoio dos programas esportivos. Meu filho é o atleta que é hoje graças aos programas esportivos da Sudesb. E, na verdade, foi o que proporcionou que a gente fosse a lugares que a gente nunca imaginou. O programa de passagens da Sudesb foi essencial”, compartilhou a mãe de Igor.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, destaca a importância de compreender o autismo e combater o preconceito. Com uma em cada 100 crianças diagnosticadas globalmente com TEA, iniciativas como o Projeto Pedal assumem um papel inclusivo no apoio às pessoas com autismo. A data foi criada em 2007, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de difundir informações sobre o neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

Além de promover o bicicross, o Projeto Pedal serve como um espaço de desenvolvimento e inclusão. Os profissionais da Sudesb passam por capacitação adicional para aprimorar a inclusão nas atividades esportivas.

Nomes como Jaldo Caribé, Mardevacson Fonseca e Paôla Reis, todos com conquistas notáveis no bicicross baiano, são exemplos do desenvolvimento de talentos e da promoção da inclusão pelo projeto. Esses atletas inspiram crianças como Davi a superar desafios e alcançar os seus sonhos